sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Resoluções do Mundo.. e de nós próprios!


A vida delibera todas as acções que se tomam, sejam elas de cariz intencional ou involuntário. Dá todas as indicações, todos os motivos, todos os problemas. Esquece-se, porém, de traçar as resoluções. Essas são as mais difíceis de encontrar.


O destino, o Fado, a sina: tudo indicações da acção a seguir, da resolução possível, da solução a conseguir. Não se acredita em nada e segue-se para parte incerta, sem certezas no pensamento. Será o correcto? Será o melhor? E a verdadeira conclusão? Onde está? Onde se encontra a verdadeira essência? A vida é, ela própria, a possibilidade de solucionar as dúvidas, os males e os bens adquiridos. É a experiência que evidencia a resposta correcta. É o esforço que prova a mudança, para melhor ou pior.

Traçar um objectivo e alcançá-lo, é a maior ambição humana – a concretização. “Os meios justificam os fins”, assim pensaria Estaline ou Hitler. Mas uma ambição na vida tem de ser medida com prós e contras; com imprevistos. Prometer uma verdade pode não ser concretizável quando se deseja, atingi-la pode tornar-se um objectivo sem fundamento. A verdadeira essência perde-se, assim, por entre factos e omissões, por entre inesperados e extasiados momentos.

Apenas a morte não dá a oportunidade de mudar, de pensar, de agir, de querer, de sonhar. Enquanto se vive espera-se o momento certo, aquele que, na maioria das vezes, acaba por não acontecer. O tempo acaba por ser escasso e a sua ilusória escassez pára, assim, a luta.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

E sonhar é isto tudo...



Um dia acordas e dedicas-te a voar.
Voar. Um verbo que te permite olhar do alto. Saber do alto.
Voar que te parece a melhor sensação.
Voar que é dos passarinhos, dos pássaros grandes.
Voar que permite o vento bater na cara.
Voar livremente.
Voar como se fosse o mais fantástico.
Voar como parte do sonho.
Voar como premissa da vida.
Não sei o que é voar. Mas sei o que é sonhar.
E sonhar é isto tudo. E muito mais.
Assim sei o que é voar. E vou fazê-lo.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

A Bela e o Monstro


Estava a vaguear pela página no facebook quando no lado direito me aparece A bela e o Monstro, numa ligação com o filme da Disney. E escrevo… ainda não sei se sobre a Disney ou se sobre a Bela e o Monstro ou se sobre nada disso. Mas decidi pensar mais além do que uma pobre alma feia se apaixona por uma linda mulher e como vencem as adversidades para conseguirem atingirem a felicidade, juntos.

A verdade é que os filmes da Disney têm, todos eles, uma lição para nós. Lembro-me da Bela Adormecida, com o poder do amor; da Mulan, com a força da rapariga; da Pocahontas que consegue vencer o preconceito; do Bambi indefeso e perdido na floresta; da Cinderela, fazendo prevalecer a humildade; do Rei Leão. Bom, do Rei Leão… é um filme que fala mais do que uma lição, mais do que uma aprendizagem, é um «sr filme» que compila tudo num só: o poder da amizade, a força e a luta, o amor. Pode parecer uma idiotice à primeira vista mas é isto mesmo que os filmes da Disney transmitem: esperança.

E dado o estado do país, lastimoso por sinal, acho que os filmes da Disney são uma mais-valia para todos, para todos aqueles que querem acreditar, para todos os que sonham, para todos os que não desistem, para todos os que batalham pela esperança; pela réstia de esperança que têm no futuro.

E, voltando ao início, vi a Bela e o Monstro (https://www.facebook.com/DisneyBeautyAndTheBeast ), fiz deste filme um conjunto de filmes todos espelhados, e “cheirei” o mundo, Portugal e a força que todos precisam para sorrir e acreditar, sempre. Vale a pena J


segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

A juventude o nascimento


Depois de ver a grande Reportagem sobre a Inseminação Artificial, pensei nas jovens mães... E escrevi! 



A vida é um bem enorme. Talvez o maior que possuímos. A vida é esse momento único pelo qual uma mãe e uma família anseiam. O primeiro choro. O primeiro olhar. A primeira roupinha. O que me preocupa não é quando os contos de fadas correm bem, ou seja, quando o momento em que se faz nascer uma vida feliz acontece.

O que realmente me preocupa é quando isso não acontece. E se essa mãe e essa família não querem esse primeiro choro? O que se faz? Na verdade é um tema difícil. O que acontece quando vem ao mundo uma criança indesejada? E o que acontece quando a mãe e a criança são abandonadas? Nunca pensámos a dor e o sofrimento que passarão estas mulheres quando se vêem sós com uma criança nos braços. Tantas instituições que tentam ajudar, muitas vezes sem o sucesso desejado. Falamos mal das organizações, quando na televisão aparece o seu pior; falamos mal dos apoios, porque são escassos; mas a verdade é que o pouco faz muito quando uma pessoa tem um bebé para cuidar para sempre. Pois, porque um bebé não é um objecto que se deita fora. 

E por falar em objectos que se deitam fora pensei de imediato naquelas mães que deitam crianças no lixo. Literalmente. Isso já não desculpo. Isso já me repugna. Falam do aborto como um mal, mas evitava esta situação desprezível. A protecção serviria para uma pessoa não atingir um estado de desespero e de loucura (sim porque é mesmo de desvairo) para deixar as crianças a chorar e a morrer lentamente.

A maternidade na adolescência e na juventude é um problema de Portugal e do Mundo, difícil de resolver, mas tentando obter cada vez mais esforços e uma aprendizagem cada vez maior por parte das crianças. É preciso abrir as mentes tradicionais e explicar que uma criança ter outra criança não é saudável. Que pode, por vezes, ser engraçado, mas não é exequível a longo prazo. É preciso agir desde cedo e dar a entender as consequências.

Por isso, faço uma pequena homenagem a quem tem coragem de se proteger, de colocar um ponto final quando há algo que não está bem, mas também a todas que conseguem sobreviver às adversidades do nascimento de um bebé em idades ainda de brincar às casinhas e de uma solidão por vezes agonizante. Podia pôr aqui uma música, mas acho que uma instituição que faz alguma coisa, que canaliza esforços, com todo o país a viver uma situação complicada para a maioria das famílias, é mais importante. Por isso deixo o nome da instituição Casa Santo António (http://www.casasantoantonio.org.pt/).

Existem sentimentos..



Os sentimentos não se medem.
São um elemento sombrio que nos rodeia.
Não interessam,
Mas pensamos neles.

Os sentimentos são assim mesmo,
Sem nexo, sem fila, sem vontade.
Não são sozinhos.
Ou será que vivem sem nós?

Só existem quando o coração bombeia
O sangue e nos faz existir.
Aí existem os sombrios, rebeldes e viciosos
Sentimentos.

Feito há anos e decidi publicar agora :)

domingo, 20 de janeiro de 2013

Recorda é viver: um obrigada

Às vezes deparo-me com pessoas já velhinhas, que sempre conheci assim. E falo de avós, tios, primos, amigos da família. E professoras primárias. Este post é dedicado a todas as pessoas que não tiveram como primeiras professoras (ou primeiros professores) jovens, mas sim de meia-idade.

Ponho-me a pensar que essas senhoras, muitas delas já com uma certa idade, mantêm-se com a mesma forma, com a mesma estrutura, o mesmo sorriso. E quando as volto a ver dizem-me sempre o mesmo: que crescida que estás, o que andas a fazer, entre outras perguntas que denotam o passar do tempo. Voltamos claramente atrás, ao tempo em que tínhamos 6, 7 anos e nos sentávamos nas cadeirinhas pequenas a escutar uma história, aprendendo as letras e os números, correndo para o recreio com um sorriso rasgado. E depois voltamos ao presente, onde já temos os nossos honrosos 20 ou 30 anos e à vida que já construímos. É sempre engraçado quando me cruzo com as professoras primárias e recordo. Porque recordar é viver.

O mesmo sucede com as contínuas, auxiliares da acção educativa. Lembro-me da Dª "Eugénia". Era uma senhora alta e gorducha, cansada dos anos consecutivos de novos alunos, todos cheios de vida. Olhava para todos no recreio, tratava dos mais irrequietos e tocava na campainha quando fosse a hora de brincar e a hora de retornar à sala. Também estava lá todas as manhãs para nos receber e para nos salvaguardar da rua se os pais se atrasassem. Nunca pensei que se lembrasse de mim vinte anos depois. Mas lembrou. Vi-a e parecia-me exactamente igual há vinte anos atrás.

Na altura não damos a verdadeira importância a essas senhoras, mas passados alguns anos sabemos o que sofreram e as alegrias que lhe demos, o que nos ouviram gritar e chorar, quando a separação dos pais era um motivo de choro diário. E por isso escrevo sobre elas. Porque iniciam a nossa vida, a nossa educação. Não são só os pais mas estas senhoras também, porque estiveram connosco quatro anos do primeiro ciclo e quando transitamos não temos sempre a capacidade de lhe dar um obrigado.